expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

Páginas

domingo, 28 de outubro de 2012

Sermão de 28/10/2012 - Pe Daniel Maret [Fragmento]

[...]Pilatos não acreditava na verdade, era um agnóstico, um pragmático. A verdade para ele era o que é útil. Esta maneira de exercer autoridade era uma maneira indigna, porque sem Jesus, os homens não sabem exercer a autoridade. 
Claro que no paganismo há alguns exemplos de exercício de autoridade pelo menos bons, mas sem duração, sem permanência. Foi muito breve na história humana alguns exemplos como estes e estavam centrados em interesses particulares, sob utilização das necessidades, mas nunca os homens conseguiram por muito tempo exercer essa função social. Por isso que Jesus, o messias, quis vir restaurar todas as coisas, restaurar tudo: a criação geral, o sacerdócio e a autoridade. Assim Jesus Cristo é Deus, sacerdote, sumo sacerdote e rei, isso não pode ser de outra maneira.
Os modernistas pretendem que , sob uma certa interpretação do texto evangélico, que o reino de Jesus não devia se exercer na Terra, que Jesus , no seu reino, não devia se intrometer nas coisas humanas e que o reino de Jesus começa na eternidade, se exerce na eternidade sobre os santos, mas não vem se intrometer nas coisas humanas. Por isso que os modernistas renegarem esta festa [Festa de Cristo Rei] para o fim do ano para mostrar que enquanto a igreja apresenta as realidades do fim do mundo, os modernistas apresentam a realidade de Cristo Rei no fim do mundo.  Isso não é católico. A nossa fé a Jesus Cristo confessa que Cristo na sua realeza exerce sua autoridade de rei na sociedade humana; ajuda o pai a exercer sua autoridade; o rei, o príncipe, o presidente... Por isso que o estado quer se separar da Igreja Católica, que não quer o ensino do evangelho, quer somente os valores humanos (como o ideal da maçonaria - que a família humana se governe sem a ajuda de Jesus, sem a ajuda da Igreja) e esta ideia adentrou a Igreja Católica, primeiro através das correntes liberais, e agora através das correntes modernistas.  Por isso que nós devemos aproveitar essa festa de Cristo Rei para manifestar a nossa fé, que deve combater a corrente liberal e a corrente modernista. Temos que dizer que se o reino de Jesus não veio para substituir o exercício da autoridade humana, mas veio para reformá-la, ele vai retornar. Por isso que a verdade do evangelho serve para a política, para a economia, serve para todas as obras sociais. A igreja não só serve para a piedade, mas serve para tudo, para reformar tudo, todas as instituições. Assim é que a sociedade não pode ser laicista. A sociedade deve ser forçosamente católica, essa a sua vocação. Na sua autoridade, Jesus tem essa pregação: quer reinar sobre os homens para fazer triunfar a verdade do evangelho nas constituições. Isso que é o nosso combate. Um combate não só pela missa, mas um combate que vem da missa.
É diante do altar que o rei vai aprender a governar.
No Brasil , com toda esta corrupção, com todo esse exercício corrupto da autoridade, os príncipes, os presidentes, aqueles que assumem funções sociais deviam se ajoelhar diante do altar para renunciar a tudo, para se apresentar disponível a servir o bem comum de uma maneira desinteressada. Isso que é o mistério católico. O mistério católico é para nos corrigir da nossa ganância, do nosso interesse quando exercemos uma função.
Então devemos rezar a Cristo Rei para melhor exercer na nossa inteligência a submissão a fé, submeter todos os movimentos do nosso coração debaixo da lei de Jesus e depois obter uma função social que tenha a preocupação de conhecer a doutrina social da Igreja, de conhecer como se exerce a justiça do evangelho em cada exercício de função e assim a sociedade se tornará um meio para confessar a fé católica, se tornará um monumento católico, que vai ser uma fonte de graças atuais para inúmeras almas - pessoas que querem viver em sociedade - , uma sociedade com valores humanos restaurados e ao mesmo tempo valores cristãos de salvação, de misericórdia. Isso permitirá que muitos homens, tendo acesso a riqueza da fé católica, possam cumprir suas aspirações profundas que é de ser feliz sempre. Somente em uma sociedade católica é que o homem vai encontrar os meios para realizar esse seu destino, de regular as suas paixões e de encontrar todos os meios para se converter e cumprir tal destino que é a felicidade eterna.
Rezemos a Nossa Senhora Aparecida  que nos ajude a recolocar no trono o seu filho amado. 
Que Jesus reine sobre nosso coração, sobre nossa vida e sobre nossa sociedade.



Pe Daniel Maret é prior do priorado José de Anchieta, filial da Fraternidade São Pio X no Brasil

obs.: Devido seu sotaque não consegui transcrever seu texto na íntegra.

Nenhum comentário :

Postar um comentário