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segunda-feira, 19 de julho de 2010

As congregações Marianas

Por Maria Eduarda Lacerda

Um breve histórico

No ano de 1563, o Padre Jean Leunis S.J. que era professor do Colégio Romano, organizou entre os alunos uma associação que propõe a seus membros: uma vida cristã exemplar e fervorosa. Um trabalho apostólico como o ensino do catecismo e a visita aos hospitais e prisões e uma especial devoção à Virgem Maria. Esta iniciativa começa a ser imitada em seguida em outros Colégios dos Jesuítas na Europa e na América, com o nome de Congregação Mariana.

Através dos séculos seguintes, as Congregações Marianas foram se multiplicando e o que sempre caracterizou-as foram os jovens em intercâmbio entre os mais velhos, compartilhando experiências. Isto ocorreu até o Concílio Vaticano II.

Após o Concílio, a Igreja tomou novos rumos. Havia a necessidade de integrar as pessoas na comunidade paroquial, e as Dioceses abriram espaços para os Movimentos, Associações e novas Pastorais e os Congregados Marianos e Congregadas Marianas passaram a dividir os espaços dentro da Paróquia que até então eram praticamente só seus com os demais irmãos.

Com estas transformações, que foram muito rápidas, os Congregados Marianos e Congregadas Marianas ficaram desorientados e muitos passaram a integrar as novas Pastorais, os Movimentos ligados aos casais, e abandonaram as Congregações Marianas. Mas muitas Congregações resistiram e com dificuldades foram se atualizando para a nova realidade da Igreja católica após o Concílio Vaticano II.

Assim como acontece com a primavera que, passado o inverno, faz desabrochar o verde e as flores mais lindas, após a dolorosa provação, as congregações multiplicaram-se por toda parte e, com elas, os grandes frutos de santidade reconhecidos pela Igreja. Em sua longa história, as Congregações Marianas, como verdadeiras “escolas vivas de piedade e vida cristã operante” deram, até o presente, à Igreja, pelo menos 62 santos canonizados e 46 beatos, 22 fundadores de Institutos Religiosos, mártires, missionários e pessoas de vida cristã exemplar. De 1567 até agora, entre os 31 Papas que ocuparam a Cátedra de São Pedro, 23 eram Congregados Marianos, inclusive o Papa João Paulo II que, aos 14 anos, foi membro-fundador de uma Congregação Mariana, em sua cidade natal.

As congregações hoje

As Congregações Marianas conhecidas agora são paroquiais e submetidas à autoridade diocesana. Havendo pelo menos três congregações numa Diocese estas podem formar uma Federação. Num mesmo estado, havendo mais Federações, estas formam uma Coordenação estadual. A união de todas as coordenações ou Federações integram a Confederação Nacional das Congregações Marianas do Brasil.

As Congregações Marianas reúnem seus membros uma ou duas vezes por mês a fim de estudar a vida apostólica de Maria Santíssima, procurar imitá-la em tudo e ajudar a viver sempre mais intensamente a consagração feita à Mãe de Deus, segundo a fórmula elaborada por um grande congregado Mariano: São Francisco de Sales.

Os Congregados Marianos podem ser reconhecidos nas reuniões ou celebrações da Igreja pela fita que carrega no pescoço da cor azul (cor litúrgica da Virgem Maria), em cuja extremidade está uma medalha prateada com a imagem do Nosso Senhor Jesus Cristo de um lado, de outro a da Mãe Santíssima, a Virgem Maria.

Esta congregação permite que todos os congregados permaneçam sempre unidos e participantes, dá força e instrução para enfrentar as situações complicadas do cotidiano. Admite uma única exigência: ser consagrados numa congregação regular ou ter o desejo de se consagrar numa congregação regular após uma devida preparação.

Pensando em Maria Santíssima e procurando reproduzi-la em sua própria vida e nas suas obras, a saudação entre os Marianos é Salve, Maria!

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