expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

Páginas

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Santo de Cada Dia - 14 de fevereiro

São Cirilo E São Metódio - Compatronos da Europa
Carta Apostólica de João Paulo II "Egregiae virtutis"


Introdução
Às ilustres figuras de São Cirilo e São Metódio se dirigem de novo os pensamentos e os corações nesse ano em que decorrem dois centenários particularmente significativos. Completam-se, de fato, cem anos desde a publicação da carta encíclica Grande Munus de 30 de setembro de 1880, com a qual o grande pontífice Leão XIII recordou a toda a Igreja as figuras e a atividade apostólica desdes dois Santos e, ao mesmo tempo, introduziu a festividade litúrgica deles no calendário da Igreja Católica. Decorre, além disso, o XI centenário da Carta Industriae Tuae, enviada pelo meu predecessor João VIII ao príncipe Svatopluk em junho do ano de 880, na qual era louvado e recomendado o uso da língua eslava na liturgia, para que "nessa língua fossem proclamados os louvores e as obras de Cristo nosso Senhor"







Vida de São Cirilo e São Metódio
Cirilo e Metódio, irmãos, gregos. Naturais de Tessalonica, cidade em que trabalhou e viveu São Paulo, entraram, desde o início da vocação, em estreitas relações culturais e espirituais com a Igreja Patriarcal de Constantinopla, então florescente por cultura e atividade missionária, em cuja alta escola se formaram. Ambos tinham escolhido o estado religioso, unindo os deveres da vocação religiosa com o serviço missionário, de que deram um primeiro testemunho dirigindo-se a evangelizar os Cazários da Crimeia.
Mas a preeminente obra missionária dos dois foi a missão na Grande Morávia entre os povos que habitavam então a península balcânica e as terras percorridas pelo Danúbio; foi ela empreendida a pedido do príncipe da Morávia, Rocislaw, apresentado ao imperador e à Igreja de Constantinopla. Para corresponderem às necessidades do serviço apostólico no meio dos povos eslavos, traduziram na língua destes os Livros Sagrados com finalidade litúrgica e catequética, lançando com isto as bases de toda a literatura nas línguas dos mesmos povos. Justamente são eles, por isso, considerados não só os apóstolos dos Eslavos mas também os pais da cultura entre todos esses Povos e todas essas nações, para quem os primeiros escritos da língua eslava não cessam de ser o ponto de referência na história dessas literaturas.
Cirilo e Metódio desempenharam o próprio serviço missionário em união tanto com a Igreja de Constantinopla, pela qual tinham sido mandados, como com a Sé romana de Pedro, pela qual foram confirmados, manifestando deste modo a unidade da Igreja, que durante o período da vida e da atividade deles não estava ferida pela desventura da divisão entre Oriente e Ocidente, apesar das grandes tensões que, naquele tempo, assinalaram as relações entre Roma e Constantinopla.
Em Roma, Cirilo e Metódio foram acolhidos com honra pelo papa e pela Igreja Romana, e encontraram aprovação e apoio para toda a sua obra apostólica, e também para a sua inovação de celebrar a liturgia na língua eslava, hostilizada nalguns ambientes ocidentais. Em Roma concluiu a vida de Cirilo (14 de fevereiro de 869) e foi sepultado na igreja de São Clemente, ao passo que Metódio, ordenado pelo papa arcebispo da antiga sé de Sírmio, foi enviado para a Morávia a fim de continuar a providencial obra apostólica, continuada por com zelo e coragem ao lado dos discípulos e no meio do seu povo até ao fim da vida (6 de abril de 885)
Compatronos da Europa
Há cem anos o papa Leão XIII com a encíclica Grande munis recordou a toda a Igreja os extraordinários méritos de São Cirilo e São Metódio, pela sua obra de evangelização dos Eslavos. Dado porém que neste ano a Igreja recorda solenemente o milésimo quingentéssimo aniversário do nascimento de São Bento, proclamado em 1964 pelo meu venerável predecessor, Paulo VI, patrono da Europa, pareceu que esta proteção quanto a toda a Europa seria melhor posta em relevo se, à grande obra do Santo Patriarca do Ocidente, juntássemos os particulares méritos dos dois Santos Irmãos, Cirilo e Metódio. Em favor disto há múltiplas razões de natureza histórica, quer da passada quer da contemporânea, que têm a sua garantia tanto teológica como eclesial e também cultural, na história do nosso continente europeu. Por isso, antes ainda que termine este ano dedicado à especial memória de São Bento, desejo que, para o centenário da encíclica leonina, se valorizem todas estas razões mediante a presente proclamação de São Cirilo e São Metódio como compatronos da Europa.

31/dezembro/1980

(Editado)
Fonte
Santos de cada dia página 155

Nenhum comentário :

Postar um comentário